Em Manaus, Nancy Segadilha lançou projeto ‘Inclusão Dever de Todos’ no céu após convite de amiga para se aventurar no paraquedismo.
 
Por G1 AM
 
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Advogada e ativista, tetraplégica salta de paraquedas em defesa da inclusão
 
Ficar presa a uma deficiência nunca passou pela cabeça de Nancy Segadilha, uma advogada e ativista de 35 anos. Aos 21 anos ela ficou tetraplégica, após um acidente de carro em Manaus. O chamado “chicote” no pescoço mudou sua vida – e a forma como a entende hoje.
 
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Por essa bandeira, lançou a campanha “Inclusão Dever de Todos” da melhor forma que pode imaginar: saltando de paraquedas.
 
O objetivo do liderado pela advogada é divulgar para pessoas com deficiência seus direitos e portarias, além de desmistificar as limitações, com a proposta de reforçar que tudo é questão de adaptação.
 
“Eu defendo a inclusão. Hoje eu estou aqui representando todo mundo com deficiência. O que exala no meu coração é que seja possível conscientizar a sociedade a construir, de verdade, um mundo inclusivo, solidário e justo”, contou Nancy, enquanto ainda se preparava para o salto.
 
Advogada e ativista, tetraplégica salta de paraquedas em defesa da inclusão — Foto: Reprodção/Rede Amazônica
Advogada e ativista, tetraplégica salta de paraquedas em defesa da inclusão — Foto: Reprodução/Rede Amazônica
 
Ao aceitar o desafio de uma amiga, que a convidou para fazer o salto no aeroclube de Manaus no último sábado (13), Nancy recebeu o apoio de quem sempre acompanhou sua trajetória de camarote.
 
“Foi o que eu disse para ela: por quê pernas, se você tem asas para voar? Todas as suas limitações estão na sua mente, não no corpo físico”, recorda a amiga Leyla Yurtsever.
 
E ali, por instantes, a cadeira de rodas a que está tão habituada ficou de lado. Nancy, sem medo de esconder o nervosismo, se preparou com apoio das amigas e de uma equipe com longa carreira no esporte, para o grande salto.
 
Nancy Segadilha saltou de paraquedas aos 35 anos, depois de sofrer um acidente aos 21 e ficar tetraplégica — Foto: Reprodção/Rede Amazônica
Nancy Segadilha saltou de paraquedas aos 35 anos, depois de sofrer um acidente aos 21 e ficar tetraplégica — Foto: Reprodução/Rede Amazônica
 
O instrutor experiente de saltos de paraquedas, tem mais de dez mil saltos no currículo. O paraquedista contou que, para saltar com a Nancy, precisou falar com médicos para garantir a segurança.
 
“Em queda livre, o paraquedista faz uma posição rígida, para que tenha estabilidade. No caso dela não temos isso. Mas foi feito um trabalho meu, que vou conduzíla a afazer isso”.
 
Pronta para saltar, Nancy foi a caminho não só de um sonho pessoal, mas de uma missão ainda muito maior: a de mostrar para o mundo que as diferenças não fazem diferença. Que o limite, literalmente, é o céu.
 
E, lá de cima, resumiu o que vivia: “Não existem barreiras. Nenhuma limitação. É sensacional”.
 
Fonte: g1.globo.com