Viajar, conhecer uma nova cultura, pessoas diferentes, lugares novos,  aprender a se virar sozinho, superar os próprios obstáculos, aprender uma outra língua, trabalhar e ganhar em outra moeda… A lista dos pontos positivos de um intercâmbio supera de longe as dificuldades e o preço.

E é nessa hora que vale a pena colocar na balança duas variantes:

PREÇO  X VALOR

Se você chegar a conclusão de que o preço vale o investimento ( e eu tenho certeza de que vale) então faça o impossível para concretizar este sonho. Pode ser que leve mais de um ano pra você ter o dinheiro? PODE. Mas o que é um ano de trabalho perto de uma vida inteira transformada pela experiência mais enriquecedora desta existência?

Essas e outras questões foram faladas pela Ticiane Duarte. Ela é cadeirante e nos conta um pouco como foi seu intercâmbio no Chile e o que ela está fazendo para fazer um novo intercâmbio.

Sobre a Ticiane Duarte

Uma menina com idade de gente grande, sou muito divertidas, as de personalidade forte, não desisto fácil das coisas.

Fale-nos sobre a sua deficiência.E como você, seus pais, familiares e amigos entenderam, essa condição humana?

Tive meningite meningocócica aos 10 anos. Como disse sempre tive uma personalidade muito forte, então enfrentei tudo de boa, minha mãe sempre esteve comigo, mas sei que foi difícil pra ela. Juro que nunca passei por momento de revolta, aceitei tudo com a cabeça erguida.

Para alguns familiares foi mais difícil do que para mim, aceitar que iria ficar deficiente.

Amigos os que considero como meus amigos , estão comigo mesmo estando longe, os que se afastaram não considero amigo.

Como foi sua infância e adolescência?

Minha infância  e adolescência considero que foi boa, nunca deixei a cadeira de rodas atrapalhar em nada na minha vida, tudo que queria fazer, eu fazia. E vivi muitos momentos bons e engraçados, que daria um livro  😉

Fale um pouco de seus pais. Quais as profissões deles e quantos filhos tiveram?

Meus pais são separados desde que eu tinha 3 anos, vivo com minha mãe, meu pai não tenho contato.

Minha mãe trabalha como porteira em uma escola.

 Como foi sua vida escolar e acadêmica?

Tive uma vida consideravelmente normal, não terminei a faculdade de letras em inglês.  

 Qual a sua profissão? Como o mercado de trabalho a recebeu?

Hoje trabalho como auxiliar administrativo em uma empresa de pedágio, MGO Rodovias, no setor de correção de cobrança, CCA. Faz pouco tempo que estou no mercado de trabalho, tem uns 4 anos, porque antes fui atleta de natação e bailarina em cadeira de rodas.

Mas sofri uma alteração na minha classificação funcional, me subiram de classe, então os índices ficaram mais difíceis.

 

Como foi seu intercâmbio no Chile? Como é a acessibilidade aí?

Meu intercâmbio no Chile foi em Junho de 2018, foi umas das melhores experiências que já tive, melhorei meu espanhol, fiz novas amizades, que quero levar para vida toda.

Em relação a acessibilidade, nada é perfeito, tem metrô que ainda não tem elevador, mas eles estão mudando e colocando acessibilidade. As rua são boas, mas ainda tem que mudar a acessibilidade nas rampas, considero Chile, como São Paulo. Têm prédios que ainda não tem acessibilidade, a escola que eu fazia o curso, não era adaptada, o Hostel também não, mas como tenho muita flexibilidade, não tive problemas de me adaptar, mas para um cadeirante ficar em Hostel é complicado, acho melhor hotel, só que é muito caro no Chile, aconselho alugar apartamento por temporada, sai mais barato e muitos têm acessibilidade.

Mas como eu gosto de aventura e conhecer pessoas novas e novas culturas, optei pelo hostel, e não me arrependo nadinha.

Minha vida é uma aventura 🙂 

Por que você escolheu o Chile?

Escolhi o Chile, pelo fato dos custos para fazer intercâmbio serem mais em conta.

Eu voltei para o Brasil e estou juntando grana para ir a Irlanda agora fazer intercâmbio de inglês, lá vou passar mais tempo , acho que uns 2 anos, mas lá vou ter direito a trabalhar, e não pretendo voltar ao Brasil, só se não der certo lá.

Qual o propósito do seu intercâmbio e quanto tempo você pretende passar fora do país?

Aprender novos idiomas e novas culturas, o tempo fazendo intercâmbio não tenho data definida para terminar, porque o objetivo é ir longe e conhecer novos países mochilando.

 Como escolher uma boa agência de intercâmbio?

Fui para o Chile com a Egali, mas agora para Irlanda vou com a Optima Intercâmbio.

 Quais as dificuldades que você enfrenta aí? Você imaginou que enfrentaria essas dificuldades?

Tive dificuldade na escola porque, tinha degraus na entrada e em alguns metrôs.

 

Fale-nos um pouquinho a respeito da vakinha que você anda organizando.

Estou fazendo a vakinha do kit livre para facilitar minha locomoção nas viagens porque, cada lugar é diferente e não sabemos o que vamos enfrentar. E aqui no Brasil também porque todos sabemos que não são todos os lugares que são adaptados, na verdade temos que fazer rally com essas ruas aqui do brasil

  • O KIT LIVRE® é um equipamento motorizado que possui a função de transformar a cadeira de rodas em um Triciclo Motorizado Elétrico.

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 Que mensagem você deixa para os leitores do blog?

Nunca desista de seus sonhos e não faça de sua cadeira uma barreira.

Ticiane, muito obrigada por compartilhar sua história e por nos alimentar com a sua mensagem.Quer conversar com ela clique AQUI! E se você gostou comente, curta, compartilhe e me acompanhe nas redes sociais.  

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