Dados são do Programa Saúde Auditiva, desenvolvido pela Saúde do Acre. Programa iniciou em 2014 e desde então, tem trazido novos momentos para os pacientes.
Por Marcelo Pereira, Jornal do Acre 1ª edição — Rio Branco
No AC, programa ajuda pacientes com problemas auditivos
Dados do Programa Saúde Auditiva mostram que mais de 7 mil deficientes auditivos voltaram a ouvir no Acre nos últimos quatro anos. O programa iniciou em 2014 e, desde então, leva novos momentos para os pacientes.
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A idosa Maria da Glória, de 81 anos, é costureira há pelo menos 60 anos e perdeu parte da audição do ouvido esquerdo depois de sofrer um acidente com um telefone. Após passar por uma cirurgia para correção, ela acabou perdendo também a audição do ouvido direito após uma limpeza.
“Foram fazer uma limpeza que estava com inflamação e adquiri uma bactéria. Passou a noite toda mexendo dentro do meu ouvido, no dia seguinte não ouvia nada e tinha uma bola de sangue”, relembrou.
Pacientes voltam a ouvir por meio de um aparelho de amplificação — Foto: Reprodução
Para a fonoaudióloga Indira Viana, quando uma pessoa volta a ouvir não é simplesmente recuperar a capacidade de escutar, de apreciar uma música ou até compreender o que os outros estão falando, mas sim a realização de um sonho, que foi o caso de Maria da Glória.
Os pacientes voltaram a ouvir graças a adaptação de aparelho de amplificação por meio do programa, desenvolvido pela Saúde do Acre no Hospital das Clínicas, em Rio Branco.
“Ela percebeu a importância quando começou a fazer diferença na vida dela e que conseguiu se comunicar melhor, ouvir os clientes, ouvir o barulho da máquina, ir para igreja para poder ouvir o que estavam falando. Então, se sentiu muito satisfeita porque percebeu a diferença que fez na vida dela”, disse.
Contente, Maria explica o que significa para ela voltar a ouvir bem. “Significa tudo. É maravilhoso”.
A dona de casa Maria das Dores veio para uma consulta porque reclama de zumbidos no ouvido. É feito uma avaliação para identificar se há ou não alguma irregularidade de fato na audição, mas, vai além, porque há casos que precisam de aparelho que custam de R$ 7 mil a R$ 8 mil, mas pela Saúde saem de graça.
“Pode mudar a vida de muita gente porque vem com a intenção de substituir, na medida do possível, o que a tecnologia permite. As faixas de frequência que o ouvido humano percebe a intenção e recebe a intensidade. Aquilo que o paciente perdeu ele vem com intuito de suprir”, disse a profissional.
No caso da dona de casa, não vai ser necessário a utilização do aparelho auditivo. Ela diz que escuta bem, mas veio para uma prevenção. “É muito bom o atendimento, até para se precaver”, avaliou.
Maria da Glória perdeu a audição dos dois ouvidos — Foto: Reprodução
Teste da orelhinha
A fonoaudióloga Indira explicou a importância do teste da orelhinha. Segundo ela, problemas auditivos não são uma questão exclusiva dos adultos ou idosos, as crianças também precisam de atenção e cuidados.
“Assim que nasce é feita a triagem auditiva neonatal universal, que é dentro dos primeiros 30 dias do nascimento. É para justamente detectar precocemente a deficiência auditiva”, explicou.
Foi com essa preocupação que a dona de casa Maridiane Mourão levou a filha Paloma, de apenas 22 dias, para o exame da orelhinha. “Foi rápido, não machuca e, graças a Deus, está tudo normal”, disse.
Fonte: g1.globo.com