Por Marconi Barkokebas Cavalcanti Filho e Larissa Siqueira Pontes
O carnaval faz parte da cultura brasileira e representa a alegria da nossa naçāo. Todos devem ter direito de participar dessa grande festa. Ai vai uma boa dica de diversão para você, fulião pernambucano ou turista que tem alguma deficiência.
O Marco Zero é um dos polos mais concorridos do carnaval recifense com atrações de vários ritmos que fazem a alegria de todos. Para que ninguém fique sem brincar, a Prefeitura do Recife disponibiliza o Front Stage acessível, além de intérprete de libras para que pessoas da comunidade surda possam sentir por completo as emoções dos shows.
Janaina Ramos é coordenadora do Centro de Referência em Direitos Humanos da Prefeitura do Recife e está responsável pela organização do Front Stage acessivel. “Para mim é gratificante fazer parte dessa busca por inclusão, ver a alegria das pessoas com deficiência participando do carnaval é fantástico. Ainda temos muito a buscar e aperfeiçoar, mas cada passo conquistado me deixa esperançosa em um mundo realmente inclusivo”.
Como Funciona o Front Stage acessivel?
O Front Stage é uma área privilegiada na frente do palco onde as pessoas com deficiência podem assistir aos shows de forma segura, além de ficar pertinho dos artistas. No intervalo dos shows, é disponibilizado um espaço com banheiros adaptados e área para descanso e hidratação. No total, são oferecidas 60 pulseiras para pessoas com deficiência que podem levar um acompanhante. As pulseiras podem ser solicitadas na Central do Carnaval no espaço reservado para a secretaria dos direitos humanos. Fica próximo ao posto da Polícia Federal e da Arena Gastronômica.
Conversamos com algumas pessoas com deficiência para saber como foi a experiência no Front Stage.
Paulo Vieira é surdo e conta que foi a primeira vez que brincou Carnaval “Antes eu e meus amigos tínhamos vontade de vir para o carnaval, mas como não tínhamos acesso a informação do espaço acessível ficávamos em casa acompanhando pela televisão. Estou muito emocionado e feliz em conseguir participar do evento e sentir a vibração dos shows”. Ele ressaltou a importância dos intérpretes”Gostaria de parabenizar os intérpretes de libras, eles são muito fluentes na língua de sinais e fizeram total diferença para mim”.
Por sua vez, o cadeirante Carlos Valois já conhecia o Front Stage do Marco Zero e garante que vale a pena aproveitar”Brinco carnaval há 15 anos com minha esposa, antigamente não tinha nenhuma acessibilidade, mas a gente dava um jeito de participar e curtir. Esse foi o terceiro ano de Carlos no espaço acessível, ele elogia a organização do evento, mas alerta para falta de acessibilidade no entorno do Marco Zero”As ruas e calçadas irregulares dificultam muito a locomoção até o Front Stage, isso deveria melhorar, porém, ao chegar no espaço todos são muito atenciosos, é possível aproveitar bastante”.
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