Gente,  no dia-a-dia, as pessoas com deficiência ainda são vistas como incapazes de praticar muitas coisas, daí muitos espaços públicos voltados para a prática do esporte e do lazer não possuírem equipamentos adaptados.

E esse preconceito e consequente exclusão das pessoas com deficiência é gerada pela falta de informações e pelo receio de lidar com pessoas que não se enquadram nos padrões estabelecidos. Mas, aos poucos estas ideias estão sendo jogadas por terra e as pessoas com deficiência estão decididas a encarar qualquer desafio e provar todo seu potencial.

Daí resolvemos conversar com Quênia Victor que apesar de uma amputação do antebraço direito  conheceu o parajiu-jitsu em 2017 e em abril de 2018 foi vice campeã mundial de parajiu-jitsu em Abu Dhabi nos Emirados Árabes e irá novamente representar o Brasil na próxima edição em 20/04/19.Então, vejam o que ela nos falou.

Como você, seus pais, familiares e amigos entenderam, sua deficiência?

Sempre fomos muito bem resolvidos quanto a minha deficiência mas o jiu-jitsu me deu mais confiança, alto estima, força, humildade e companheirismo.

Como foi sua infância e adolescência?

Foi a melhor que meus pais puderam me dar. Meus amigos sempre me trataram de igual para igual. Pratiquei futsal no cruzeiro esporte clube em minha adolescência.

Quando e como parajiu-jitsu entrou na sua vida?

Sempre tive vontade de fazer artes marciais mas achava que não iria conseguir devido a minha deficiência até que abriu uma academia próxima a minha residência e fui conhecer. O professor me passou total confiança e no outro dia comecei. Na época ainda não existia essa modalidade de parajiu-jitsu portanto competia com pessoas sem deficiência. Conheci o parajiu-jitsu em 2017 e em abril de 2018 fui vice campeã mundial de parajiu-jitsu em Abu Dhabi nos Emirados Árabes e irei novamente representar o Brasil na próxima edição em 20/04/19.

O que o esporte representa para você?

O Brasil tem apresentado uma evolução no processo de inclusão de pessoas com deficiência. Mas mesmo com essa evolução, ainda tem muito o que melhorar e evoluir. Principalmente acreditando que no esporte, podemos promover a inclusão, a melhora da autoestima, saúde, desenvolvimento e reabilitação da pessoa com deficiência.

Quais as maiores dificuldades enfrentadas por você no início da carreira?

Acreditar em mim mesma e a falta de motivação de algumas pessoas próximas a mim.

Quais seus planos para o futuro?

Trazer cada vez mais paratletas para o jiu-jitsu. Ser campeã mundial de parajiu-jitsu e ser campeã mundial Master. Basta muito treino, foco, determinação e apoio da sociedade e dos políticos.

Hoje agradeço a UAEJJF e ao xeique Mohamed Bin Zayed Al Nahyan por ter apoiado o parajiu-jitsu no mundo. Oss

Quênia, muito obrigada por compartilhar sua história e por nos alimentar com a sua mensagem. E se você gostou curta, compartilhe e nos acompanhe nas redes sociais.