DISFAGIA NA SÍNDROME DE DOWN
(Dificuldade mais ou menos acentuada de deglutir)

A Síndrome de Down (SD) é uma cromossomopatia gerada pelo excesso de material genético proveniente de um cromossomo extra, o 21. As características mais comuns da pessoa com síndrome de Down são: comprometimento neuropsicomotor, hipotonia muscular, fendas palpebrais oblíquas, achatamento occipital, hiperextensão articular, mãos largas e dedos curtos.

Em decorrência das alterações morfológicas da síndrome, com comprometimento motor e funcional, além da alta chance de exposições frequentes do paciente a cirurgias cardíacas e/ou ortopédicas, internações prolongadas e complicações (ventilação, infecções, uso de sonda para alimentação, entre outros), a disfagia pode aparecer. É caracterizada pela dificuldade na deglutição de sólidos ou líquidos. Como consequências, aumentam o risco de deficiências nutricionais, desidratação e pneumonias por aspiração.

Campo, Garland y Williams (2003) estimam que 80% das crianças com síndrome de Down apresentem algum problema na alimentação no início da vida. Por isso, a evolução na consistência da alimentação pode não ocorrer de maneira típica (Frazier & Friedman, 1996). A hipotonia em geral diminui com a idade mas pode ser necessário acompanhamento fonoaudiológico. O enfoque multiprofissional é muito importante. A equipe deve conhecer sobre:

  • alterações anatômicas e fisiológicas na síndrome de down;
  • desenvolvimento infantil;
  • processo de deglutição;
  • avaliação de anormalidades na deglutição;
  • sinais e sintomas da disfagia;
  • riscos e complicações associadas à disfagia;
  • mecanismos da aspiração;
  • nutrição na síndrome de down;
  • indicações de alimentação oral, enteral e parenteral.

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