Construção gera riscos para deficientes visuais e físicos. Prefeitura informou que vai reforçar a fiscalização e que a proprietária foi notificada e fará a correção.
 
Por Jorge Abreu, G1 AP, Macapá
 
                     Fotos da calçada repercutiu nas redes sociais (Foto: Reprodução/Facebook)
Fotos da calçada repercutiu nas redes sociais (Foto: Reprodução/Facebook)
 
Chamou a atenção de internautas o erro de uma calçada com piso de acessibilidade localizada na 10ª Avenida do bairro Congós, Zona Sul de Macapá. O piso tátil, usado para auxiliar na locomoção de pessoas com deficiência visual ou com baixa visão, foi construído sem nivelamento e virou piada nas redes sociais.
 
A foto da calçada ganhou espaço em perfis pessoais e em páginas de humor que questionam a construção. Em umas das postagens, com mais de 20 mil compartilhamentos e quase 3 mil comentários, até a publicação desta matéria, a locomoção foi associada ao “parkout”, que é a prática arriscada e radical de transposição de obstáculos com saltos.
 
De acordo com a Secretaria Municipal de Desenvolvimento Urbano e Habitacional (Semduh) a dona da residência foi notificada na sexta-feira (1) e no mesmo dia ela compareceu ao órgão, onde recebeu o projeto que atende às exigências da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT).
 
A proprietária admitiu o erro e disse que o equívoco foi do pedreiro. Após recomendação, ela se prontificou em iniciar nova obra na calçada a partir da quarta-feira (6).
 
Construção gera riscos para pessoas com deficiências (Foto: Prefeitura de Macapá/Divulgação)
Construção gera riscos para pessoas com deficiências (Foto: Prefeitura de Macapá/Divulgação)
 
O diretor de fiscalização da Semduh, Saulo Trindade, explica que o piso tátil lidera o número de denúncias na ouvidoria da secretaria. Ele destaca que a fiscalização foi intensificada para evitar novos episódios, sendo que o fim de ano é o período com mais reformas.
 
“Começamos uma fiscalização mais intensa desde o dia 29 de novembro. Temos recebido muitas denúncias de calçadas irregulares, como de piso tátil que acaba na parede ou em poste. Existem também reclamações de deficientes que estão sofrendo acidentes”, disse.
 
Trindade reforça que o projeto de obra em calçada é autorizado somente se o mesmo contemplar as normas de acessibilidade do passeio público previstas em lei. Conforme plano municipal, o morador é responsável pela construção, mas deve seguir as exigências.
 
Denúncias de calçadas irregulares podem ser feitas através do telefone (96) 98802-8129. O morador também pode solicitar gratuitamente o projeto de construção na Semduh, na Avenida Presidente Vargas, nº 831, no bairro Central.
 
Fonte: g1.globo.com