O empoderamento da pessoa com deficiência esteve mais uma vez em evidência no Faça Parte. Na matéria dessa semana nós mostramos a história do jovem Mateus, um rapaz com Síndrome de Down que encontrou no jiu-jitsu o seu melhor amigo e o seu maior sonho.
Jovem com síndrome de down no tatame entre vários praticantes de jiu-jitsu
Jovem com síndrome de down no tatame entre vários praticantes de jiu-jitsu

Ao contrário do que alguns podem pensar, não existe capacitismo nenhum no fato de contar essa história para vocês. Qualquer pessoas com deficiência intelectual pode ter os seus sonhos e projetos de vida, persegui-los e executá-los dentro das suas possibilidades.

Mas quando eu conheci a história do Mateus fiz questão de trazer para o Faça Parte, pois enxerguei a possibilidade de dar um recado muito importante para as famílias de pessoas com deficiência, principalmente aos pais e mães superprotetores.

Muitas das vezes esse excesso de proteção familiar, que acaba sendo comum, principalmente em relação às pessoas com deficiência intelectual, acaba interferindo negativamente no processo de desenvolvimento da autonomia e independência da pessoa com deficiência, tanto para as várias atividades da vida diária, quanto para sua efetiva participação da sociedade.

Essa proteção fora do comum nada mais é do que uma herança cultural de que a pessoa com deficiência necessita de cuidados especiais a todo tempo, pensamento que não pode mais prosperar. 

Na história do Mateus o voto de confiança e a “conduta liberal” da mãe em oportunizar o desenvolvimento do garoto desde cedo, tem feito toda a diferença na vida dele.

O Mateus se inspira no seu melhor amigo e mestre de jiu-jitsu Beto. O jovem sonha em um dia ser professor da modalidade e ser financeiramente independente exercendo esse ofício. Ele já está no caminho certo, com a faixa marrom, uma antes da preta, tornou-se instrutor de jiu-jitsu, uma posição de destaque dentro do grupo, começou a ser empoderado e tem o respeito dos demais, sobretudo das crianças que obedecem ao seu treino.

Uma história para refletir na capacidade do ser humano e para deixar claro que o legislador não errou quando estabaleceu a capacidade da pessoa com deficiência como regra no art. 6º da Lei Brasileira de Inclusão da PcD.

Assista, compartilhe e espalhe a semente da inclusão.

 

Source: Faça Parte: Jovem com Síndrome de Down se torna instrutor de  jiu-jitsu – Prisma – R7 Thiago Helton