A estimulação cognitiva para pessoas com Alzheimer é essencial durante o tratamento. Existem várias formas de oferecer os estímulos cognitivos e fazê-los ser mais aproveitados, compreendidos e incorporados na rotina de quem tem Alzheimer. Aliás, ROTINA é uma primeira palavra-chave. Ter uma rotina organizada é estruturador internamente. Quando os eventos do dia, com suas respectivas atividades se repetem em uma sequência (quase que não modificada) é orientador.

SIGNIFICADO, essa é a segunda palavra-chave. Não menos importante que a primeira, mas que ajuda a selecionar o que levar para o cotidiano de estímulos do idoso. Aqui lembramos a nós mesmos e ao ambiente social do idoso que ele teve uma vida anterior à doença. De forma muito prática, considere o significado dos materiais de casa que você vai (e deve!!) oferecer: como fotografias, filmes, música, jornal e até os jogos de entretenimento. Tem que existir significado para o idoso. Você consegue compreender a magnitude dessa palavra? Basta pensar assim: “o que é importante para ele(a)?;  “o que ele gosta/gostava?“; “o que fez ou faz parte da vida desse idoso que ele associa ‘a coisa boa‘?”.

Importante: Não é contraindicado que se insiram atividades novas: existem casos de idosos que nunca gostaram de pintar, por exemplo, e depois da doença começaram a ter verdadeira afeição pela pintura. O importante é que esse idoso se sinta bem e feliz realizando as atividades.

NATURALIDADE essa palavra é importantíssima em qualquer ambiente onde se deseja estimulação, seja ela da criança ao idoso. Aproveite as oportunidades que as situações do cotidiano dão. Estão passeando pela rua? Chame atenção do idoso para os objetos, elementos, pessoas e/ou situações. O estímulo está ali naquela oportunidade de conversar, raciocinar, relembrar e significar o que está ao redor.

Nem sempre é possível agir com naturalidade. Uma situação onde provocamos uma atividade que não pertence àquele ambiente ou situação não é natural. Por exemplo, sentar à mesa para realizar um exercício de memória. Esse exemplo não desqualifica o exercício, a estimulação e o momento. Esse tipo de estimulação também acontece e é necessária. Muitas vezes, é necessário controlar as variáveis do ambiente e também do material que vamos oferecer.

INVESTIMENTO tudo o que se faz de esforço para estimular é um investimento de tempo. Deve-se sempre imaginar que aqueles 10 minutos que “se perde” envolvendo o idoso em uma atividade, são alguns minutos que ele vai ganhar mais na frente do ponto de vista cognitivo. Um outro exemplo motivador para quem cuida é: “imagine que a doença de Alzheimer é um carro acelerado e que quando você investe em ações de estímulo, terapias e medicamentos, você está desacelerando o carro. Ele continua a andar, mas você reduziu um pouco a velocidade”.

DEDICAÇÃO é outra palavra. É óbvia a relação da dedicação com o resultado. Quanto mais nos dedicamos a qualquer coisa, a possibilidade dela dar certo é maior. No entanto, cuidado. Quando falamos de cuidar de alguém essa tarefa é desgastante demais, ou seja, aqui é válido dizer dedique-se à estimulação do idoso, mas também  é necessário que quem cuida se dedique a si: ao que gosta, a ter tempo livre, de ócio ou entretenimento sem o idoso.

RESPEITO é uma palavra forte e que precisa ser lembrada também. Respeitar a privacidade, o tempo do idoso para responder e até os dias e momentos em que ele não quer. Calma é uma palavra que nesse contexto se casa com respeito. Calma.

Para ter um profissional que te oriente de forma mais individualizada, você pode contar com um terapeuta ocupacional que trabalhe com envelhecimento. Ah, por fim, lembre-se sempre: nenhuma informação de internet substitui um tratamento.

Source: 6 palavras essenciais para quem cuida de alguém com Alzheimer! | Reab.me