Apesar do Brasil ser conhecido como o país do futebol, não existia nas décadas passadas iniciativas para prática do esporte para cadeirantes.

Em meados de 2010, um grupo de amigos do Rio de Janeiro se reuniu no intuito de desenvolver o Power Soccer no País.

De lá até os dias atuais, o grupo realizou várias atividades e no próximo final de semana o Rio de Janeiro será a sede da 3a Copa Libertadores Powerchair Football e a Copa Sulaméricana da modalidade.

Ambos serão realizados na Arena 3 no Parque Olímpico, na Barra da Tijuca, sob a chancela da Associação Brasileira de Futebol em Cadeira de Rodas (ABFC).

Além do Brasil, a Argentina e o Uruguai participarão, com dois times representando cada país. Esta é a terceira Copa Libertadores de Power Soccer, que começou em 2015, no Uruguai. Trata-se da maior competição da modalidade nas Américas.

Aproveitando o evento internacional que acontecerá no Rio de Janeiro, gostaríamos de sugerir uma pauta sobre a contribuição do esporte para a acessibilidade e inclusão social de pessoas com deficiência e mobilidade reduzida.

O jogo é disputado por duas equipes com oito jogadores
O jogo é disputado por duas equipes com oito jogadores

O objetivo da pauta é mostrar como o esporte possibilita que pessoas com deficiências mais graves, como tetraplegia, distrofia muscular, paralisia cerebral, amiotrofia espinhal, mielomeningocele, podem praticá-lo sobre o Power Soccer, também conhecido como Powerchair Football,  uma modalidade paradesportiva de futebol voltada para atletas que utilizam cadeiras de rodas motorizadas.

O Rio de janeiro tem 500 mil pessoas com deficiência física, 1 milhão e 20 mil no Estado.  Em todo o Brasil esse número sobe para 46 milhões de brasileiros com alguma deficiência física, mas poucos jogam o Power Soccer. Praticado a mais de 30 anos o esporte é pouco difundido no Brasil.

Sobre Power Soccer: 

Modalidade paradesportiva, conhecida mundialmente onde os participantes utilizam cadeiras de rodas motorizadas.

O jogo é disputado por duas equipes com oito jogadores (quatro em quadra, com três na linha e um no gol), e é dividido em dois tempos, de 20 minutos cada.

A marcação é sempre entre dois atletas contra um, sendo que o terceiro não pode participar, devendo ficar à uma distância de três metros da bola. Que possui 33 cm de diâmetro, maior em comparação à bola oficial de futebol tradicional, que possui entre 21 e 22 cm.

Não existe impedimento na modalidade e a cadeira de rodas motorizada não pode ultrapassar a velocidade de 10km/h.

O power soccer é a única modalidade paraolímpica esque permite a participação de pessoas com deficiência motora severa, como tetraplegia, paralisia cerebral, distrofia muscular, entre outros, a partir dos 6 anos de idade e de qualquer gênero, no mesmo time. Foi criado na França e no Canadá nos anos 70 e é praticado atualmente em 30 países.

Fonte: Jornal do Brasil – Esportes – Parque Olímpico é sede da Copa Libertadores: Futebol em Cadeiras de Rodas