Alguém se lembra do exoesqueleto apresentado pelo cientista brasileiro Miguel Nicolelis na abertura da Copa do Mundo de 2014? Desde aquele pontapé inicial, vários pesquisadores já revelaram projetos parecidos, como no MIT e na Hyundai, por exemplo.

Agora é a vez de um grupo da Scuola Sant’Anna, na Itália, que se juntaram a pesquisadores da EPFL, da Suíça, para desenvolver um protótipo especialmente para evitar que as pessoas caiam ao caminhar. Ele seria voltado a pessoas mais idosas, ou até a deficientes físicos ou que sofram com distúrbios neurológicos.

Produzido em fibra de carbono, o dispositivo é razoavelmente leve, e evita que o usuário faça movimentos inesperados que possam causar uma queda. Ele é colocado na cintura, e se calibra a cada usuário com base na maneira como a pessoa caminha. Então, um algoritmo entra em ação para corrigir movimentos fora do comum.

Segundo os pesquisadores, o aparelho não é intrusivo, e só entra em ação quando detecta algum movimento que possa levar a pessoa ao chão, puxando a coxa para baixo e restabelecendo a estabilidade do quadril. Explica a doutora Vita Monaco, que participa da equipe de desenvolvimento:

Nosso estudo revelou que uma plataforma robótica vestível pode, efetivamente, interagir com humanos durante respostas motoras reativas, como escorregões acidentais.

Esses resultados abrem novas perspectivas para pesquisadores de quem se espera desenvolver plataformas robóticas para melhorar as capacidades humanas o dia todo.

O protótipo ainda está em fases iniciais de testes, mas os pesquisadores esperam colocar o dispositivo no mercado em breve.

 

Fonte: Tudocelular.com