Paraplégicos recuperam movimentos com terapia de estimulação magnética
O paciente tetraplégico já consegue pegar e segurar objetos. [Imagem: Anastasia Shulga]

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Estimulação magnética

A possibilidade de reabilitação de pacientes com danos na medula espinhal ganhou novas esperanças.

Dois pacientes com lesões que paralisaram seus membros receberam uma forma experimental de tratamento que combina a estimulação magnética transcraniana com a estimulação simultânea do nervo periférico – a terapia foi aplicada durante seis meses.

Os resultados foram entusiasmantes para uma condição que até agora não tem tratamento, condenando as pessoas à deficiência física pelo restante de suas vidas.

Após cerca de seis meses do tratamento de estimulação, o primeiro paciente, que era paraplégico, já conseguia dobrar os dois tornozelos, enquanto o outro paciente, tetraplégico, conseguia pegar e segurar um objeto com as mãos.

“Nós observamos um reforço das conexões neurais e uma restauração parcial do movimento de músculos que os pacientes previamente eram inteiramente incapazes de usar,” explica o Dr. Anastasia Shulga, da Universidade de Helsinque (Finlândia).

Recuperação de lesões na medula

Esta foi a primeira vez que foram feitas tentativas para reabilitar pacientes paralisados em razão de uma lesão da medula espinhal por meio de tratamentos não invasivos de estimulação a longo prazo.

Ambos os pacientes tinham sofrido o acidente há mais de dois anos e tinham recebido tratamentos de reabilitação convencionais em toda a sua recuperação – esses tratamentos continuaram durante o tratamento de estimulação.

O movimento restaurado durante a terapia de estimulação magnética e elétrica permaneceu por um mês depois que o tratamento foi encerrado. Um dos pacientes está agora participando de um estudo mais aprofundado, no qual a estimulação será aplicada mais extensivamente e por um período ainda mais longo.

“Este é um estudo de caso com apenas dois pacientes, mas achamos que os resultados são promissores. Mais estudos são necessários para confirmar se a estimulação pode ser usada juntamente com a reabilitação a longo prazo após a lesão medular, sozinha ou, possivelmente, em combinação com outras estratégias terapêuticas,” disse Jyrki Mäkelä, coautor do experimento.

 

O QUE É ETM?

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A estimulação magnética transcraniana repetitivaEMTr (em inglês: Transcranial Magnetic StimulationTMS) é uma técnica não invasiva que usa campos magnéticos para estimular ou atrasar as funções cerebrais dos seres humanos. Desde sua introdução, em 1985 por Anthony Barker e colegas da Universidade de Sheffield,[1] a estimulação magnética transcraniana consolidou-se como uma ferramenta útil na pesquisa neurocientífica.

A EMT permite atingir o cérebro através de corrente elétrica induzida por pulsos magnéticos por variação rápida do campo magnético no tecido cerebral. Dessa forma o cérebro pode ser modulado sem necessidade de cirurgia ou eletrodos externos.[carece de fontes]

Alguns estudos pilotos demonstraram que a técnica pode ser útil para várias condições neurológicas (por exemplo, enxaqueca, acidente vascular cerebral,síndrome de Parkinson, distonia, zumbido) e condições psiquiátricas (como depressão, alucinações auditivas). No entanto, o potencial da estimulação magnética transcraniana para diagnóstico e terapia neurológicos ainda não foi comprovado, por falta de estudos clínicos a longo prazo

Fonte: http://www.diariodasaude.com.br/

https://pt.wikipedia.org