Nossa leitora Kédma nos escreve e conta um pouco sobre o ensaio sobre rodas que fez.

Confira:

    

Uso cadeira de rodas desde outubro de 2013 em virtude do avanço de um problema neurológico que afeta minha coordenação motora. Adaptar-me a essa nova realidade não foi nada fácil, resisti o máximo que pude porque meu olhar focava apenas no negativo da situação: a cadeira atestava minha piora.

Com o tempo (aaaaah, o tempo) e com as circunstâncias da minha vida – ambos fruto do precioso agir do meu Deus (sim, eu creio em Deus e não, eu não acho que a fé nEle significa ausência de problemas de qualquer ordem), permiti-me um novo olhar a partir do entendimento de que a cadeira de rodas me trazia liberdade (meio paradoxal, mas verídico) traduzida em capacidades que eu já havia perdido.

KEDMA DANIELE (3)Percebi também que um dos maiores desafios enfrentados por uma pessoa com deficiência é a falta de conscientização alheia e, para não me estender, cito apenas o mais clássico exemplo: estacionamento de veículos em rampas de acesso ou em vagas exclusivas para PCD (me poupe da sua falta de educação, respeito e bom senso, colega!)

Posto isso, digo que há exatamente um mês fiz um ensaio, o qual batizei carinhosamente de #ensaiosobrerodas, querendo extrair beleza da situação que hoje vivencio (entendedores entenderão que associar sua imagem à cadeira de rodas não é tarefa fácil, ainda mais quando se trata de uma pessoa jovem..na verdade, em qualquer momento da vida, é complicada a transição de andante para cadeirante).

Pois bem, eu fui atrás de beleza, de cores, de vida, de amor..e achei!!!
DIAGNÓSTICO NÃO É DESTINO! Obrigada, de nada!