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Nos últimos anos é inegável que no Brasil tivemos grandes avanços no que diz respeito à acessibilidade, com inúmeras campanhas de incentivo, e leis que tornaram obrigatório a acessibilidade em bancos, escolas, shoppings, órgãos públicos e todo e qualquer ambiente de circulação.

A acessibilidade surgiu justamente pra isso, garantir o direito constitucional básico a qualquer cidadão; o direito de ir e vir. A pessoa com deficiência deve ser respeitada como qualquer outro cidadão, ser livre, tendo acesso fácil à educação, laser, cultura sem empecilhos ou barreiras.

20160208120045_coluna_luiz_henrique_dias_15_02_1Mas, não adianta adaptar-se estruturalmente com rampas, pisos táteis, elevadores… Se não houver o respeito e a consciência da população. Entender que não se trata de privilégios, e sim de um direito.

Mais que uma mudança física/estrutural é preciso uma mudança de mentalidade.

Recentemente estive num festival de musica, e no pouco que precisei me locomover até o local, eu me deparei com três rampas de acesso a calçada, porem todas obstruídas por um carro estacionado indevidamente. Precisei de ajuda de duas pessoas pra subir na calçada, ferindo assim meu direito de locomoção livre sem barreiras.

Uma estrutura pra receber o deficiente (com um pouquinho de boa vontade, cimento e areia; se resolve). Educar a população pra viver em sociedade (é o mais difícil). Então, enquanto convivermos com pessoas ignorantes, egoístas, que colocam seu bem estar acima de qualquer respeito ao próximo, estaremos sujeito a esse desrespeito.

“E pelo andar da carruagem, esperemos sentados; literalmente.”