Um menino com paralisia cerebral realizou um dos seus maiores sonhos nesta semana. Luís Otávio Gonzaga de Carvalho, de 9 anos, quer ser policial. “Meu coração diz que eu quero ser policial para defender o meu País. Isso é de coração. Quando eu crescer quero ser policial”, afirma.

Luís Otávio foi policial por um dia (Foto: Maristela Carvalho / Arquivo Pessoal)
Luís Otávio foi policial por um dia
(Foto: Maristela Carvalho / Arquivo Pessoal)

Os policiais militares de Agudos (SP) ficaram sabendo do desejo do garoto depois que a mãe dele, Maristela Gonzaga de Carvalho, apareceu no Batalhão pedindo informações e dizendo se poderia fazer um pedido. “Ela disse que tinha um filho especial que queria ser policial. Geralmente é curiosidade das crianças, mas este caso era diferente. Disse que faríamos o possível”, conta o cabo Éder Marcos Gonçalves.

No mesmo dia o sargento João Luís Buzolin se comoveu com a história e foi até a casa de Luís Otávio. “Chegamos e ele estava pronto para o combate com a fantasia do homem-aranha. Tiramos ele da cadeira de rodas e o colocamos no banco da frente.”

Segundo o sargento, o menino não foi simplesmente policial por um dia, ele foi o chefe. E o pequeno aprendeu rápido. “Quem senta na frente é o chefe e eu sentei”, comemora Luís Otávio, que aprendeu rapidamente a ligar a sirene.

Os amigos do garoto também foram cativados pela ação dos policiais depois que Luis Otávio pediu para a viatura parar na frente da casa de um amigo e ligou a sirene. “Quanto mais crianças ficam atrás da gente é melhor. Fomos muito bem recebidos pela população”, lembra o cabo Richard Garcia.

Luís ficou muito feliz na viatura (Foto: Renata Marconi / G1)
Luís ficou muito feliz na viatura
(Foto: Renata Marconi / G1)

A autônoma Maristela conta que não sabia como agradecer aos policiais. “A dificuldade maior é ele me pedir que quer jogar bola, correr. Tem coisas que ele quer e não é possível. Ele não anda, apesar que eu acredito que ele vai andar sozinho. Eu não podia falar para ele que ele não podia ser policial, então realizar esse sonho foi muito importante”, conta emocionada.

A paixão pela profissão começou quando Luís Otávio fez equoterapia na sede do Comando de Policiamento do Interior 4 há três anos. Desde então ele passou a falar dos policiais. “Eu via nos olhos dele o brilho quando falava. Para ele é tudo”, afirma a mãe.

Para os policiais, o novo amigo trouxe um exemplo muito positivo. “As pessoas tem uma imagem negativa da PM e para gente um gesto tão simples pode trazer essa proximidade, fazer contato, realizar um sonho”, finaliza o tenente Gerson Rodrigues Redicopa.

Policiais se comoveram com o pedido da mãe de Luís (Foto: Renata Marconi / G1)
Policiais se comoveram com o pedido da mãe de Luís (Foto: Renata Marconi / G1)

 

Fonte: G1