Uma pulseira inteligente desenvolvida por um jovem mexicano promete dar mais autonomia a quem tem deficiência visual. A Sunu Band registra o entorno a partir de tecnologia sonar e transmite por vibrações a presença de obstáculos em seu caminho, ajudando o usuário a seguir seu trajeto.

A pulseira inteligente Sunu Band/ crédito: divulgação

Criado por Marco Trujillo apenas como um projeto acadêmico, o protótipo foi testado por crianças cegas, que foram capazes de superar várias provas, como sair de um labirinto.

Os pais de alguns dos garotos se entusiasmaram com os resultados, resolveram investir no projeto e convencer o jovem a levá-lo adiante. Trujillo, então, abriu uma startup, a Sunu, para aperfeiçoar a pulseira e viabilizar sua produção. Quase quatro anos depois, o produto está pronto para ir para o mercado, com custo de lançamento de 199 dólares (cerca de R$ 750).

“O funcionamento é como o de um sensor de estacionamento, mas com vibração em vez de bips”, explica Trujillo.

A pulseira fica na mão oposta à usada pela bengala-guia. Movimentos leves permitem direcionar o ultrassom, como se fosse uma lanterna. O dispositivo avalia o ambiente e, a partir de amostras de eco 30 vezes por segundo, produz uma vibração de maior ou menor intensidade, dependendo da distância do objeto que o produziu. Desta forma, o cego pode interpretar as vibrações e desviar dos obstáculos ao seu redor.

A adaptação ao dispositivo é rápida, afirma o empreendedor. “Nos testes realizados, constatamos que a curva de aprendizagem é mais curta do que a das bengalas.”

Por QSocial