Toda mãe tem um poder. É exatamente isso que a Lupo quer celebrar no dia das mães. A campanha, lançada em abril, une emoção e interatividade. Veja:

– Desde 24/04 até 06/05, o site “M de Mulher” tem um quiz com sete perguntas sobre o poder da sua mãe. No final do teste, você encontra uma dica de presente Lupo de acordo com os resultados das respostas. Ou seja, você terá dicas de presentes com o perfil da sua mãe!

– Nas redes sociais da Lupo, você poderá conferir vários vídeos divertidos feitos com filhos e filhas que respondem à pergunta: “Qual o poder da sua mãe?”.

Antes de celebrar a data, leia o depoimento de Dina Tanaka, que tem uma filha que nasceu sem os dois braços. Carol Tanaka, de 30 anos, tem muito orgulho da mãe. E não é para menos.

Dina e sua filha, Carolina: uma vida de desafios (Foto: Arquivo pessoal)

“Eu me libertei de todos os medos ao ter uma filha especial”

Eu já tinha um filho pequeno, quando engravidei da Carolina. A gravidez dela seguiu normal. Durante a gravidez, não sabíamos o sexo, o que nos esperava. Depois do parto, estava no quarto, ainda com dores, quando ouvi a notícia: Carolina nasceu sem os dois braços. Eu digo que, na hora, morri e ressuscitei.

Sempre fui religiosa e imediatamente pensei que, se ela veio para mim, é porque conseguiria cuidar, Deus me deu algo para desenvolver. Com a Carol, me libertei de todos os meus medos. E, ao contrário do que muita gente pensa, minha vida com ela é muito mais plena de prazer do que de dor.

Ela cresceu como uma menina normal. Quando ela ainda era pequena, decidimos colocá-la na natação. Nunca gostei de água, mas apoiei minha filha. Com a ajuda do professor, a Carol conseguiu ótimos resultados e chegou a ganhar sete medalhas.

Cada etapa da nossa vida foi um desafio. Minha função foi a de apoiá-la, dar força, não deixar desanimar. Ela sempre estudou em escolas com crianças ‘normais’. Meu marido projetou uma escrivaninha especial e ela aprendeu a escrever com o pé. Ela sempre se superou e esteve rodeada de amigos e pessoas que gostavam dela.

Perto dos 15 anos, ela começou a namorar o Jonas, que hoje é seu marido. Quando ela se apaixonou pelo ‘Joninhas’, conversamos e, é claro, todos tinham dúvidas. Mas tem de tentar, não é? E deu tudo certo. No casamento, ela usou os pés para colocar a aliança no dedo dele. A aliança dela ficou em uma corrente, no pescoço. Carol faz tudo do jeito dela, e consegue o que quer.

Dina emocionada durante o casamento de Carolina (Foto: Arquivo pessoal)

Depois da escola, ela decidiu fazer faculdade de Educação Física. É usar o corpo, praticar esportes. Por causa dela, as aulas de vôlei e basquete foram adaptadas.

Antes da formatura, saímos para procurar vestido para o baile e ela ficou desanimada por não encontrar nada nas primeiras lojas. Falei para ela ter calma que logo encontraríamos o modelo perfeito. Em seguida, entramos em uma loja que ofereceu o estilista para desenhar um vestido exclusivo. Ela ficou linda!

No ano passado, Carol começou a dar aulas na rede municipal de ensino, em Piracicaba (SP), depois de passar em um concurso.  Ela é professora de alunos do ensino fundamental. Crianças sempre perguntam tudo, falam, comentam. Foi difícil no começo. Mas, como sempre, conversas, desabafos, superação. Ela venceu mais este desafio – e adora o que faz. Com os pés, a minha filha faz tudo: cozinha, lava louças, já aprendeu a costurar, faz sua maquiagem e até dirige seu carro adaptado.

Por causa da sua condição e de suas realizações, já participou de programas de televisão e é bastante conhecida. Ela dá palestras de motivação e é sempre muito gratificante saber que tanta gente se emociona e se inspira com a sua história.

Agora, ela pensa em ser mãe. Eu estava conversando sobre isso com uma amiga, que me disse: ‘você foi uma mãe normal que cuidou de uma filha especial. Agora, a Carol vai ser mãe especial com um filho normal’. Foi como um estalo na minha cabeça. A decisão é dela, claro. Mas estarei por perto para apoiar e comemorar, como sempre.”