de papo com claudinha

Olá, meus amores!

Tudo bem? Andava meio sumida, né?! Mas, como diz o ditado quem é vivo sempre aparece 🙂 E eu voltei para contar um pouco de algo que sempre tive curiosidade, que é como é o dia a dia de uma modelo com deficiência? Como é fotografar? É possível tirar uma grana?

No mês passado nosso parceiro David nos trouxe a seguinte história: Psicóloga e modelo a cadeirante Camila Muniz conta sua história. Então resolvi procurá-la para matar minha curiosidade. Então, se você também tem essa curiosidade veja a entrevista abaixo:

MODELO-CADEIRANTE- CASADAPTADAComo você se tornou modelo ?

Eu comecei em um projeto de inclusão social na moda, em São Paulo. Atualmente o projeto não existe mais, então faço trabalhos que aparecem diretamente a mim.

Quais os tipos de trabalho que você faz, como modelo?

Faço fotos, desfiles, e já participei de uma novela. Também tenho um blog, onde falo de diversos assuntos, dentre eles a moda inclusiva.

modelo cadeirante- casadaptada

Qual foi o trabalho como modelo que você mais gostou de fazer e por quê?

Eu gosto muito de fazer catálogos e revistas, mas o que eu mais gostei foi a novela. Foi um desfile de uma marca conhecida. Eu pude conhecer muita gente, e aprender muito. Esse trabalho abriu várias portas para mim.

Como é fotografar?

Pra mim é uma diversão, faço isso por hooby. Acho que a fotografia nos permite mostrar diversas formas de ser e agir, ela me dá uma liberdade muito grande.

Qual a reação das pessoas ao te verem como modelo?

As pessoas se surpreendem, é difícil para elas verem uma cadeirante nova e bonita. Elas não estão habituadas a isso.

moda inclusiva- casadaptada

Como é o mercado de trabalho para um (a) modelo com deficiência? Dá para tirar uma grana?

O mercado ainda é bem escasso, mas dá pra ganhar um dinheiro sim. Em São Paulo e no Rio é mais fácil, a moda está mais acessível. Acredito que este mercado está se abrindo para nós, tenho visto bastante coisa nova relacionada à moda inclusiva, e com isso o olhar das pessoas também irá mudar.

Mas não podemos nos acomodar, quanto mais expostos estivermos, mais as pessoas e os governantes irão nos enxergar, e tudo que se relaciona com a deficiência, também mudará.

desfile- cadeirante- casadaptada

Como a moda pode diminuir o preconceito com as pessoas com deficiência?

A moda abrange muitas pessoas, ela dita várias coisas. Infelizmente ainda vivemos em um mundo onde a aparência e o status são muito valorizados. Acho que nossa inserção na moda quebra vários tabus, abre portas e possibilidades.

Grande parte dos preconceitos parte dos próprios deficientes, que não se sentem capaz, que não se valorizam, que se escondem atrás da deficiência. A mudança tem que partir de nós.

modelos - cadeirante - casadaptada

Você além de modelo, você é graduada em psicologia o que te motivou a escolher o curso de psicologia?

É um curso que todas as pessoas deveriam fazer. A mente humana me encanta, a forma única de cada ser é fascinante. É uma profissão que eu sempre achei linda, e cheia de possibilidades. 

O que é ser psicóloga para você?

É olhar o outro com empatia, é se colocar nas mais distintas situações, é respeitar as diferenças, é não interferir nas escolhas, é saber ouvir, é reconhecer o ser humano como único.

Conte-nos sobre seu blog “Das Rodas ao Salto Alto”? Como e quando surgiu o blog?

O blog surgiu há mais ou menos 2 meses, eu tive a ideia de cria-lo em uma noite de insônia. Eu estava sentindo que faltava alguma coisa, que eu precisava falar de mim e ouvir experiências de outras pessoas, então decidi criar o blog. Nele eu conto minha historia, fala sobre o meu dia a dia, compartilho coisas que acho interessante, dou dicas, etc.

Mas o mais legal, são as mensagens que recebo, atingir as pessoas de uma forma positiva é muito bom, é uma sensação de dever cumprido. O blog ainda está em um processo de construção, mas já me orgulho muito dele, tenho muitos planos bacanas para o seu futuro.

cadeirante - moda- casadaptada

O que você espera das suas profissões daqui para frente?

Eu espero que o blog atinja um público cada vez maior, que eu possa fazer vários trabalhos como modelo aqui no Brasil e no exterior, que a psicologia me acompanhe em tudo o que eu for fazer.

E principalmente, que eu possa ajudar mais pessoas, que eu consiga abrir portas e oportunidades, e que estas transformem o modo de pensar de todos nós.

Que mensagem você deixa para os leitores do Casadaptada?

A mensagem que eu tento passar para todas as pessoas, deficientes ou não, é que nós podemos fazer qualquer coisa. O que nos move são os nossos sonhos. Com fé, determinação e trabalho podemos TUDO!

cadeirante- modelo - casadaptada

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Bjos!