O Nordeste apresenta diversas opções para quem deseja aproveitar o verão. Em janeiro, um mês típico de férias, há um acréscimo considerável na busca por explorar as belezas deste Brasil tão paradisíaco. O bacana é que é possível criar um roteiro que inclua diversas opções sem perder o melhor que cada local tem a oferecer. E foi isso que fizemos quando planejamos incluir o city tour Recife / Olinda em nossa viagem por Pernambuco.

Muito embora Recife tenha perdido o seu status de destino de praia desde que Porto de Galinhas foi elevada à capital do turismo de massa em Pernambuco, vale a pena explorar por, pelo menos um dia, a cultura, o patrimônio e as comidas de Recife – Olinda.

Se você puder ficar mais tempo, aproveite. E se você tiver apenas algumas horas para explorar essas duas riquezas nordestinas, compartilhamos algumas dicas de como fazer os passeios de maneira mais acessível e confortável, sobretudo para turistas com deficiência e/ou mobilidade reduzida.

Como chegar

O aeroporto do Recife recebe voos diretos de São Paulo (Guarulhos), Rio de Janeiro (Galeão), Brasília, Belo Horizonte, Salvador, Fortaleza, Aracaju, Natal, Maceió, Fernando de Noronha, Campina Grande, Petrolina e Juazeiro do Norte. Já quem chega de fora do Brasil, há voos diretos de Lisboa, Cidade do Panamá e Miami.

O aeroporto fica a 10 minutos de carro da orla de Boa Viagem (ou seja, já começamos muito bem).

Como realizar o city tour

Para realizarmos o nosso city tour, contratamos a agência Maragotur. Usamos o carro de passeio convencional e o motorista que conduziu nosso passeio foi bastante solícito durante todo o passeio.

O que fazer

Quem acompanhou nossa viagem para Barra Grande de Camamu, já sabe o quanto eu amo um desafio. É certo que o Recife e Olinda não apresentam uma acessibilidade tão precária quanto a Península de Maraú, mas certamente também não é um roteiro que conta com acessibilidade completa. Por isso, precisamos selecionar quais passeios conseguiríamos fazer sem a perda da minha autonomia, tanto no Recife quanto em Olinda.

Nossa primeira parada foi na Praia de Boa Viagem, principal zona hoteleira do Recife e uma das praias mais famosas do Nordeste. O motivo da fama vai além dos arrecifes que batizam a cidade, mas também pelas visitas de tubarões. Caminhamos por um trecho dos 7 km da orla, bebemos água de coco e, claro, desfrutamos da paisagem de uma das praias mais famosas do Nordeste.

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Descrição da imagem para cego ver: Amanda está sentada em um banco em frente à Praia da Boa Viagem

Em seguida, partimos para o Recife Antigo, onde está a praça do Marco Zero, o letreiro do Recife e o centro de Artesanato de Pernambuco – Unidade Recife.

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Descrição da imagem para cego ver: Amanda está no Marco Zero em um dia de sol segurando uma sombrinha de frevo
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Descrição da imagem para cego ver: Amanda está na Praça do Marco Zero em frente ao Mercado de Artesanato de Pernambuco

De lá, é possível ver as margens do rio Capibaribe e o museu a céu aberto com as esculturas de Francisco Brennand. A travessia do Marco Zero até o Parque das Esculturas de Francisco Brennand funciona diariamente das 7h às 17h  e custa R$ 5,00 ida e volta, a entrada do museu é gratuita.

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Descrição da imagem para cego ver: Amanda está abraçada à sua mãe

Seguimos caminhando por algumas do Recife Antigo. Aproveitar a atmosfera quase interiorana compensa o sacolejo das ruas de paralelepípedos. Visitamos a Casa dos Bonecos Gigantes, cujo valor para entrada é de R$ 10,00 por pessoas e conta com gratuidade para pessoas com deficiência. É lá onde os bonecos são guardados depois de alegrar o carnaval de Olinda.

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Descrição da imagem para cego ver: Amanda está na entrada da Casa dos Bonecos Gigantes. Ao fundo, uma cortina de fitas coloridas e ao alto o nome “Recife” entre dois anjos
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Descrição para cego ver: Amanda está ao lado dos Bonecos Gigantes, próxima à boneca da Frida Kahlo

Nossa próxima parada foi em Olinda, considerada Patrimônio Natural e Cultural da Humanidade pela Unesco, onde fizemos a maior parte do passeio de carro, visto que além do sol forte, a maioria dos destinos não eram acessíveis para pessoas com deficiência. Paramos no Alto da Sé, parte do sítio histórico de Olinda, lugar um pouco mais acessível que atrai diversos turistas e moradores. No Alto da Sé, encontramos a Igreja da Sé, construída em arquitetura barroca durante o século XVII. Além da Igreja, encontramos o Mercado do Artesanato, super agradável e com várias opções para compras de lembrancinhas nordestinas. Aproveitamos para almoçar no restaurante Olinda Art & Grill que tem uma comida deliciosa e uma vista linda da cidade.

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Descrição da imagem para cego ver: Amanda está sentada em uma mesa acompanhada de sua mãe. Ao fundo, a vista de Olinda

Finalizamos nosso passeio na Casa da Cultura, antiga casa de detenção que hoje é um centro representativo da cultura regional, com lojas de artesanato e comidas típicas. O local é interessante, acessível para pessoas com deficiência e/ou mobilidade reduzida e com várias coisas para conhecer, incluindo uma cela que foi preservada no aspecto original.

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Descrição da imagem para cego ver: Fachada da Casa da cultura
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Descrição da imagem para cego ver: Amanda está sentada na escadaria da Casa da Cultura

O City Tour foi ótimo, a parte alta do passeio foi a possibilidade de adequar o roteiro às necessidades de uma turista com deficiência. A parte baixa foi o fato de não conseguirmos explorar tanto a cidade de Olinda pela dificuldade de acesso. Sem dúvidas, o roteiro é indispensável para quem quer conhecer um pouco da história e dos principais pontos turísticos e culturais de Recife e Olinda! Mas o legal é ir com o coração aberto para encarar algumas pequenas dificuldades no caminho.

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Descrição da imagem para cego ver: Amanda está usando um telefone público enfeitado com uma sombrinha de frevo.

Source: Acessibilidade no City Tour Recife / Olinda