THALITA GRAZIELE QUER SER MAIS INDEPENDENTE. ATUALMENTE, O SEU MAIOR DESEJO É UMA CADEIRA DE RODAS MOTORIZADA

Não se enganem com o jeitinho meigo de Thalita Graziele. por trás do sorriso fácil, há uma jovem forte, destemida e lutadora que, com apenas 20 anos já viveu uma vida cheia de desafios e tem muita história para contar. Aos 7 anos, após sentir uma dor na nuca e passar por uma série de médicos e exames, essa Lafaietense, foi diagnosticada com uma inflamação na medula que lhe deixou paraplégica. Na luta constante,Thalita não deixa se abater e agora quer ser independente.

*A INFÂNCIA*

Minha infância? Ah, foi muito boa. lembro que ia e voltava sozinha da escola, brincava o dia todo na rua com minhas amigas, ia para casa delas, andava de bicicleta, pulava corda e até futebol jogava na casa dos meus primos. Doces tempos, os quais me lembro com muita saudades.

Eu era uma criança de apenas 7 anos quando, repentinamente, comecei a sentir dores na nuca. E iniciou-se uma saga para descobrir o que realmente eu tinha. O primeiro diagnóstico foi dado no pronto socorro: torcicolo.

Fui e voltei andando para casa, porém, as dores na nuca foram aumentando e, com ela, também veio formigamento nas mãos braços e pernas. Voltamos para o pronto socorro e após uma avaliação, me mandaram para o Hospital, que me mandaram para o João XXIII, onde fiquei entubada respirando com a ajuda de aparelhos e sedada.

Suspeitaram de que eu tinha uma tal de Síndrome de Guillain-Barré. após 15 dias entubada, precisei fazer Traqueostomia para não perder a fala. Internei no dia 12 de Dezembro de 2003 e fiquei ate o dia 12 de Março de 2004 quando fiz a ressonância magnética que revelou Hemorragia Intramedular Espontânea. Lembro que faltava uma semana para a minha formatura do pré-escolar e diante de todos esses acontecimentos, não pude participar.

*NÃO FOI FÁCIL ! *

Como eu era apenas uma criança, não foi muito difícil lidar com a nova realidade que era usar uma cadeira de rodas mas, à medida que eu ia crescendo, as coisas começavam a ficar mais complicadas. Ficava impossível de fazer algumas coisas simples. Sair com minhas amigas? não dava. Uma das coisas que eu mais gostava que era pular corda e andar de bicicleta. Fazer isso? nem pensar.

Pensando bem, não foi nada fácil. Minhas amigas iam até a minhca casa, mas era diferente, pois eu batia a corda para elas pularem. Atualmente, tenho 20 anos de idade e como qualquer pessoa, há dia que fico pensando porque isso foi acontecer comigo, porém, com fé e a ajuda da minha psicóloga, tenho ficado em paz com essa condição.

Ir para a escola foi outro problema. No começo não consegui dar continuidade aos estudos, pois a lesão afetou o lado direito fazendo com que a minha mão ficasse muito atrofiada e incapaz de pegar um simples lápis e caneta. Também perdi um pouco do equilíbrio e não consegui sentar na cadeira como os outros alunos.

Fiquei envergonhada e não quis continuar. Perdi 1 ano de escola. Com a ajuda de profissionais e muitos treinamentos, consegui escrever novamente e me equilibrar. Voltei para a escola e consegui terminar o ensino médio.  Atualmente não estou estudando, mas quero muito fazer alguma curso técnico.

*AMOR MAIOR*

A vida vai seguindo o seu percurso e no meio desse turbilhão de emoções, conheci o Alexandre, com quem namoro há 3 anos.

Trata-se de uma pessoa maravilhosa que me ajuda bastante e está sempre me apoiando em tudo que quero fazer. É ele que, literalmente me empurra pra cima e pra baixo na cadeira de rodas e não admite, em hipótese alguma, me ver triste. É o meu ‘namoranjo’ (risos).

*FELIZ E PRONTO*

Atualmente, o meu maior desejo é não depender tanto das pessoas para ir aos lugares e por isso estou na luta para conseguir uma cadeira de rodas motorizada. Mesmo com o problema da falta de acessibilidade em muitas vias da cidade, quero ficar mais idependente e acredito que isso facilitará até mesmo na conquista de um emprego.

Antes eu pensava que não poderia fazer nada, mas quando olhos pra trás e vejo tudo o que passei e conquistei, só agradeço a Deus por ter me dado forças para continuar.

*EI, VOCÊ PODE AJUDAR THALITA NA REALIZAÇÃO DE SEU SONHO! *
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