Não é segredo para ninguém que a luta das pessoas com deficiências ao longo dos anos buscando inclusão, respeito e aceitação na sociedade tem sido uma luta árdua, constante e difícil.
 
 
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Vencer o senso comum, preconceitos e ideologias infundadas produzidas pelos nossos primórdios são a eterna busca das pessoas com deficiências. E na questão da sexualidade não é diferente
 
Quando falamos de repressão à sexualidade da pessoa com deficiência, estamos falando de mais uma luta a ser vencida pelo deficiente: A autoproteção dos pais e professores de escola, o medo e inexperiência das pessoas em saber lhe dar com o diferente e a estética. Esses são os principais agentes repressores da sexualidade das pessoas com deficiências.
 
“Não sei lhe dar com a sexualidade do deficiente, não sei falar sobre isso, fico constrangido, logo proíbo, reprimo”. Fica mais fácil assim. Essa seria a solução? Claro que não!
 
Falando um pouco de estética
 
A estética é um padrão de beleza imposto pela sociedade e que acaba afetando diretamente o deficiente. Nossa sociedade tem um padrão de beleza que tem a perfeição como parâmetro. Por isso, é comum as pessoas com deficiência se sentirem totalmente fora desse formato, pois foge dos conceitos estéticos vigentes.
 
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Na cabeça de algumas pessoas, o deficiente sempre é visto como aquele que deveria passar longe da palavra sexo, pois sexo significa imoralidade e falta de senso, já que, para eles, nós teríamos como preocupação apenas a nossa condição.
 
Isso faz com que a pessoa se considere feio e fora do padrão estabelecido pela sociedade levando-o a muito sofrimento, repressão de seus desejo e de si mesmo e isolamento.
 
É importante para qualquer deficiente que ele olhe para si mesmo e que goste do que está vendo, valorize-se e se fortaleça. Só assim vai conseguir encarar as diversidades e repressões existentes no mundo, podendo acabar com os estigmas e as lendas urbanas.
 
Eu mesmo, particularmente já passei por isso e sofri muito, foi com base nesse sofrimento que surgiu recentemente o e-book: A Pessoa com Deficiência na Intimidade: Os Tabus da Sexualidade.
 
Com ele, queremos trabalhar mais profundamente essa questão relacionada a repressão da sexualidade das pessoas com deficiência e os tabus que esse assunto ainda carrega em si.
 
Queremos mostrar que não precisamos ficar longe dos prazeres da vida por somos ou nos tornamos pessoas com deficiência. Não queremos impor nada a ninguém e nem agredir os mais conservadores e aqueles que abominam essa questão.
 
Queremos apenas ser respeitando também em nossa sexualidade, porque isso também é inclusão.
 
Mas também é importante lembrar que nós precisamos fazer a nossa parte, certo. O que quero dizer com isso é que precisamos nos dar o devido valor e gostar mais de nós mesmo. Porque ninguém gosta de estar juntos de pessoas que não se amam, pois pessoas que não se ama e não se valorizam são cansativas.
 
Quando uma pessoa se sente bem consigo mesma, ela sente o desejo de se cuidar, cuidar do seu corpo, da sua aparência, isso acaba interferindo positivamente no processo de reabilitação como um todo.
 
As pessoas com deficiência precisam mostrar para a sociedade que beleza não tem um único padrão, pois é possível encontrá-la na imperfeição de que é feita a vida de todos, inclusive de quem não tem deficiência alguma.
 
O importante é a avaliação objetiva que uma pessoa faz de si mesma. Esta avaliação precisa ser ferramenta de motivação para sua vida. Pois somente assim, pertencer ou se encaixar em um padrão de beleza deixará de ser uma preocupação e sua autoestima não estará mais comprometida.
 
Não se preocupe, nem se perturbe se a sua sexualidade está aflorada e sentimentos e desejos sexuais estão vindo à tona, isso é normal e faz parte da vida de qualquer pessoa, independente de ser pessoa com deficiência, ou não.
 
Por isso, conheça o e-book A Pessoa com Deficiência na Intimidade: Os Tabus da Sexualidade e entenda os tabus que a sexualidade da pessoa com deficiência ainda enfrenta.
 
Pois, somente quando conhecemos o nosso inimigo somos capazes de enfrentar e vencer.