Seis famílias de Santa Maria, no Centro do estado, participam de iniciativa.Equipamentos foram desenvolvidos sob medida e fornecidos gratuitamente.

Do G1 RS

Projeto cria objetos para facilitar vida de pessoas com deficiência em Santa Maria (Foto: Reprodução/RBS TV)
Gabriel recebeu uma cadeira especial para tomar banho (Foto: Reprodução/RBS TV)

Um projeto desenvolvido na Universidade Federal de Santa Maria (UFSM), na Região Central do Rio Grande do Sul, desenvolveu equipamentos para facilitar a vida de pessoas com deficiência. Ao todo, seis famílias foram indicadas pela prefeitura para fazer parte da iniciativa.
 
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A pensionista Romilda Machado recebeu assentos giratórios para alimentar os três filhos que têm uma síndrome degenerativa. “Antes, eu servia eles em uma bacia e dava [a refeição] de boca em boca, de pé.”
 
A família de Gabriel dos Santos, que tem microcefalia e paralisia, recebeu uma cadeira especial para ele entrar no chuveiro. Antes, ele tomava banho em uma banheira infantil.
 
“Vai ajudar bastante! Melhor para ele também que fica todo dobradinho. A banheira é pequena para ele, vai ser melhor, todo adaptado, a gente fica feliz”, observa a irmão de Gabriel, Juliane dos Santos.
 
Irene Rodrigues tem esclerose múltipla e, por isso, não consegue movimentar as mãos. Ela recebeu um suporte para servir chimarrão. Antes era o marido dela, Vilmar Rodrigues, que tinha que fazer isso.
 
“Agora fica bem melhor, até pra ela. Para ela, é muito difícil de tomar o chimarrão. Com isso aí, já é um avanço que ela vai ter, de não ter eu aqui servindo, dando a bomba, então para ela é muito bom, de sentir ‘eu estou fazendo! eu estou tomando mate!’“, comemora o marido.
 
Projeto recebeu verba federal
 
O projeto obteve R$ 50 mil do governo federal e as famílias receberam os produtos gratuitamente. Cada equipamento foi feito sob medida e personalizado a partir das necessidades de cada família.
 
“Nós, universitários da UFSM, temos a obrigação de levar o nosso conhecimento para a sociedade. Então, foi uma gratificação imensa”, salienta o estudante de desenho industrial Maique dos Santos.
 
A terapeuta ocupacional Silvana Trojan explica que o trabalho foi feito por diferentes áreas. “A terapia ocupacional entrou com o cotidiano da pessoa com deficiência, já o desenho industrial trouxe o desenho, o projeto para a gente, para como a gente ia resolver as questões do dia a dia.”
 
O professor de desenho industrial da UFSM, Sérgio Brondani, classificou o trabalho como “empoderamento da sociedade”. “Então o que a gente quer despertar? Que eles enquanto comunidade, eles têm todas as condições no exercício da solução dos seus problemas.”
 
Os objetos foram produzidos por trabalhadores da própria comunidade. O sócio-proprietário de uma serralheria, Anderson Saccol, observa que os produtos tem “baixíssimo custo”. “Tem material de sobra e que tem uma importância muito grande na vida deles, um valor muito maior do que para nós.”
 
Fonte: g1.globo.com