De acordo com seu criador, o surfista paraplégico Robson Careca, a prancha acessível que inventou é a primeira do mundo adaptada para todos os tipos de deficiência. Possui pisos táteis direcional e de alerta para beneficiar deficientes visuais. Comporta obesos, pessoas com síndrome de Down, amputados, paraplégicos, pessoas com paraplesia e deficientes auditivos.

“Ela atende as necessidades de surfe e remadas”, explica Robson, que também promove a inclusão por meio do surfe, em sua ONG Surf Especial, com o projeto Mão na Borda.

Tanto que, com o equipamento, Robson já chegou a participar de eventos como o festival Aloha Spirit, que, além de apresentações culturais, também reúne competições, a exemplo de festivais internacionais. E, o mais importante, na categoria Stand Up Paddle, mas sem cadeira.

Imagem: Arquivo pessoal
Robson, com a nova prancha: uma ideia da dimensão do equipamento

Adaptação da prancha permitiu que atleta surfasse em categoria Stand Up Paddle, mas remando sem a cadeira

João Castro, que coordena a organização do Aloha pela empresa de eventos esportivos Eco OutDoor explica a diferença. A categoria Stand Up pede remo e, quando adaptada, normalmente se participa com a cadeira de rodas. Com a prancha adaptada, porém, Robson consegue participar dela remando deitado e obtendo excelentes resultados.

“Sou o primeiro remador com deficiência a remar deitado nessa modalidade e categoria no Brasil”, explica o surfista, que participou da modalidade 12 km em uma das edições do Aloha, em março deste ano, em Ilhabela (SP).

Já no Paddle Board, a atuação de Robson, com a nova prancha, se equipara totalmente à de um atleta sem deficiência. A diferença, explica João Castro, é que um atleta comum se ajoelha para controlar a prancha. Mas a modalidade é mesmo de remo deitado e uma pessoa com a deficiência de Robson pode, então, com recursos de prancha e força física, praticá-la sem ter de se ajoelhar.

Fonte: http://revistasentidos.uol.com.br/