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Tetraplégica desde 1998, quando foi atingida por uma bala perdida ao sair da escola, a estudante carioca Camila Magalhães Lima, de 20 anos, embarcou hoje para Portugal. Lá, ela será submetida a uma cirurgia de implante de células-tronco. A operação foi paga por um empresário português que soube da dificuldade da família para angariar recursos.

O homem, que mora em Lisboa e não quer sair do anonimato, conheceu a tragédia de Camila através de notícias veiculadas na internet. Também pelo computador, entrou em contato com a moça, que mantém a página www.camila.lima.nom.br.

Decidiu, então, ir até o Hospital Egas de Moniz, em Lisboa, que já havia selecionado a jovem para a cirurgia e antecipou o pagamento de todos os custos: 35 mil euros (R$ 99 mil). Ficou acertado que o empréstimo será pago assim que a família conseguir juntar o dinheiro.

Ana Lúcia havia pedido tutela antecipada da indenização que a família pleiteia, mas a Justiça fluminense rejeitou a solicitação alegando que a operação não é urgente. O valor ganho seria usado para pagar a cirurgia. A família está recorrendo ao Superior Tribunal de Justiça para tentar reverter a decisão.

Enquanto isso não acontecer, terá de contar com a solidariedade para pagar a dívida contraída com o empresário português. Doações podem ser feitas pela conta 3783-4, da agência 2796-0 do Bradesco.
Camila foi baleada em Vila Isabel, na zona norte do Rio, em 3 de setembro de 1998. Uma joalheria havia sido assaltada. Seguranças da rua reagiram e começou um tiroteio. O pescoço de Camila foi atingido e ela perdeu os movimentos dos braços e das pernas.

Em Portugal, serão retiradas células de sua mucosa olfativa, que serão implantadas na área lesionada. A esperança é que elas se multipliquem e assumam as funções que foram perdidas.

Fonte: .portalpcdonline.com.br