Americano volta a andar com a ajuda de um aparelho implantado na medula espinhal (Foto: University of Louisville)

O americano Rob Summers foi o primeiro a testar essa tecnologia, que permitiu que ele mudasse seu estilo de vida após um acidente

Em 2006, o americano Rob Summers, um apaixonado por beisebol, recebeu a notícia de que ficaria paraplégico aos 20 anos de idade por causa de um acidente que lesionou sua medula espinhal. Ele tinha sido atingido por um carro.

O acidente de Summers aconteceu um mês depois de o atleta conquistar um título em um torneio mundial de jogos universitários. Embora tivesse alguma sensibilidade abaixo da cintura, os médicos, na época, disseram que ele nunca mais voltaria a andar, nem mesmo fazendo tratamentos revolucionários.
Mas Summers não é de desistir tão fácil. Ele simplesmente não aceitava a sentença dos médicos e procurou ajuda. Summers foi um dos pacientes submetidos a estudos realizados em conjunto pelas universidades de Louisville e da Califórnia e pelo Instituto russo de Fisiologia de Pavlov. As instituições criaram um dispositivo, que ajuda o usuário a recuperar seus movimentos.

O equipamento colabora com o envio de sinais da medula para o cérebro, que no caso de um paciente com lesão na medula espinhal podem ser realmente muito fracos.  O fato é que além de estimular esse processo, os cientistas encontraram uma maneira de se beneficiar da ação dos neurônios presentes na medula – que em modelos animais comprovadamente controlam a execução de movimentos de forma independente do cérebro. 

 

Nos seres humanos, os cientistas descobriram que essa propriedade pode ser estimulada por meio de um tipo de treinamento repetitivo associado à caminhada.

Em 2009, depois de passar por uma cirurgia para a implantação do estimulador na coluna, Summers diz que voltou a se sentir inspirado como atleta. Passados três dias de pós-operatório, ele estava em cima de uma esteira dando seus primeiros passos segurado por uma cinta. Seis meses depois, foi capaz de mexer os dedos dos pés. Hoje, quase oito anos após o acidente, ele brinca que já pode sair do carro em 30 segundos, tarefa que durava pelo menos 20 minutos antes da ajuda prestada pelo estimulador.
Apesar do sucesso no caso de Summers, ainda não há previsão do lançamento comercial do aparelho.
 
Fonte: revistapegn.globo.com